Mais de metade das pessoas sexualmente ativas irá contrair uma infecção genital pelo papilomavírus humano (HPV) em algum momento de suas vidas, mas a maioria nunca perceberá. Como consequência, podem acabar transmitindo o vírus sem saber. Felizmente, existem vacinas disponíveis que protegem contra as formas mais perigosas de HPV. Essas vacinas são mais eficazes se administradas antes do início da vida sexual, ajudando a prevenir problemas de saúde graves no futuro.
No artigo a seguir, explicamos o que é o HPV e como prevenir essa infecção. Confira!
O que é o HPV?
O papilomavírus humano (HPV) é a infecção viral mais comum do trato reprodutivo. Embora a maioria das infecções por HPV não cause sintomas, infecções genitais persistentes podem levar ao desenvolvimento de câncer cervical nas mulheres. De fato, quase todos os casos de câncer do colo do útero (99%) estão associados ao HPV.
As medidas preventivas são, portanto, essenciais para a saúde das mulheres. É importante notar que os homens também podem ser afetados pelo HPV, que pode causar lesões no pênis ou ânus e está relacionado a cerca de 10% dos tumores nesses locais.
Como ocorre a transmissão?
O HPV é transmitido pelo contato com a pele ou mucosas, sendo a principal via de infecção a sexual (por penetração vaginal e/ou anal e, menos frequentemente, pelo contato pele a pele na região genital e pelo sexo oral).
Essa é a infecção sexualmente transmissível mais comum, com maior probabilidade de ser contraída nos primeiros anos de vida sexual. A maioria das mulheres sexualmente ativas entrará em contato com pelo menos um tipo de HPV em algum momento.
No entanto, a maioria dessas infecções é transitória e é eliminada pelo sistema imunológico em até dois anos. Nos homens, a taxa de infecção é ainda maior. Em uma pequena porcentagem de casos (10-15%), a infecção pelo HPV persiste, podendo evoluir para lesões pré-malignas e, eventualmente, câncer.
Fatores como o tipo de HPV, tabagismo, alterações no sistema imunológico, número elevado de gestações e uso prolongado de anticoncepcionais hormonais podem contribuir para a persistência da infecção.
Como prevenir?
O uso correto de preservativos pode reduzir significativamente o risco de transmissão do HPV, embora não elimine completamente, já que o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo. Ainda assim, o uso de preservativos é sempre recomendado, pois também previne outras ISTs.
As mulheres também devem realizar o exame de Papanicolau anualmente a partir dos 25 anos para detectar alterações precoces no colo do útero.
Além disso, a vacina contra o HPV está disponível na rede pública de saúde, protegendo contra os dois genótipos de alto risco mais comuns (HPV-16 e HPV-18), responsáveis por cerca de 80% dos casos de câncer do colo do útero, e contra dois genótipos de baixo risco (HPV-6 e HPV-11), associados a verrugas genitais.
Essa vacina é aplicada em forma de injeção e é oferecida gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Ao vacinar, não só se reduz a circulação do vírus, mas também se previne doenças associadas ao HPV, como câncer de pênis, ânus, boca e verrugas genitais.
Os casos de câncer de ânus, boca e garganta estão em ascensão e, ao contrário do câncer de colo do útero, não existem exames de rotina para detectá-los, tornando o diagnóstico e o tratamento mais difíceis em estágios avançados.
Proteja-se
Como vimos, o HPV é uma infecção sexualmente transmissível que exige atenção especial durante as relações sexuais. O uso de preservativo, aliado à vacinação contra o HPV, pode evitar a proliferação do vírus e a ocorrência de doenças graves.
Esperamos que este artigo tenha esclarecido o que é o HPV e como se prevenir contra essa infecção. Fique atento e proteja-se!
